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By NASA [Public domain], via Wikimedia Commons |
Aqui no Sistema Solar, a busca por vida extraterrestre está focada em micróbios. Mas nos últimos anos, projetos como Kepler e HARPS fizeram algo incrível, aumentando consideravelmente nossa consciência e conhecimento de planetas além do Sistema Solar.
Até hoje, 3.779 planetas foram confirmados a partir de uma variedade de observatórios, com milhares de outros candidatos, a maioria nos últimos 10 anos. E com esse catálogo vem um renovado fervor por responder a pergunta: algum outro planeta lá fora no universo conseguiu dar origem à vida?
Com uma nova geração de instrumentos preparados para um novo boom de descobertas - incluindo o Telescópio Espacial James Webb e o TESS, da NASA, e CHEOPS e PLATO da Agência Espacial Européia - a busca está esquentando; não apenas para a vida, mas para a vida inteligente que pode ter entrado no estágio de uma civilização avançada.
Este será o foco dos novos esforços da NASA.
Em particular, eles estarão procurando por algo chamado de assinaturas tecnológicas, que são sinais que poderiam ser inferidos como evidência de uma civilização avançada.
A Terra está lançando assinaturas tecnológicas o tempo todo, mais obviamente na forma de ondas de rádio.
As assinaturas tecnológicas também podem consistir em emissões de laser, luz artificial e calor de um exoplaneta, ou substâncias químicas na atmosfera que poderiam ser poluentes - todos estes são exemplos de assinaturas que podem indicar uma civilização avançada.
"Em abril de 2018, surgiu no Congresso um novo interesse da NASA para começar a apoiar a busca científica por assinaturas tecnológicas como parte da busca da agência por vida extraterrestre," explicou a NASA em um comunicado.
"Como parte desse esforço, a agência está hospedando o Workshop de Assinaturas Tecnológicas da NASA em Houston entre 26 e 28 de setembro de 2018, com o objetivo de avaliar o estado atual do campo, as vias mais promissoras de pesquisa em tecnologias e onde os investimentos poderiam ser feitos para avançar a ciência."
Existem organizações que procuram inteligência alienígena, incluindo o Instituto SETI (Search for Extraterrestrial Intelligence), fundado pelos astrônomos Carl Sagan e Jill Tarter, e o Breakthrough Initiatives, fundado pelo físico Yuri Milner com o apoio de Stephen Hawking.
Historicamente, no entanto, o envolvimento da NASA nessas buscas tem sido menor. Ela administrou um programa SETI por apenas um ano no início dos anos 90, antes de ser fechado devido à pressão política.
Mas agora a busca é mais promissora do que nunca, e as recentes observações e descobertas só acrescentaram combustível ao fogo da curiosidade.
"A descoberta de Kepler em 2015 das flutuações irregulares no brilho no que veio a ser conhecido como Estrela de Tabby levou à especulação de uma megaestrutura alienígena, embora os cientistas tenham concluído que uma nuvem de poeira é a causa provável," escreveu a NASA.
"No entanto, a Estrela Tabby demonstrou a potencial utilidade de procurar anomalias em dados coletados no espaço, pois sinais da vida tecnologicamente avançada podem aparecer como aberrações da norma."
Nós não sabemos se há vida lá fora. Achá-la é como procurar uma agulha muito pequena num palheiro muito grande. Tudo o que sabemos com certeza é que existe uma chance diferente de zero da vida extraterrestre ocorrer.
Se você quiser entrar em sintonia com o workshop da NASA on-line, a agência fará o streaming via Ustream.
Matéria originalmente publicada em na página Science Alert.
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